quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sem final feliz (ainda).

Era uma vez...
Aonde?
Em qualquer lugar.
Mas não importa mais!
Porque a história parou por aí...
E parou por quê?
Não sei
mas gostaria de saber...

A receita parecia difícil...
Era - admito!
Mas tinha todos os ingredientes...
Mas de repente explodiu!
Será que mexi demais?!

Está escuro.
Mas olhe a luz!
Aonde?
Alí!
Ah, mas tão longe...
Tão distante e pequena
Que tenho medo de piscar
e perdê-la de vista.

Uma bigorna é mais leve que minha cabeça
e meus olhos são apertados por mãos invisíveis.

Nada sei
E tudo sou.
Estou cansada.
Onde estou?
Como vim parar aqui?!
Quero sair.
Não quero mais brincar!
Não tem graça!
O conto de fadas se foi...
Quero uma vida comum.
Uma vida.
Comum.
Minha vida.
Minha.
Vida.

Estranho como as coisas são...
Como o mundo gira.
Gira.
Mas pra mim está girando ao contrário!
E não sei como faço pra fazê-lo voltar ao normal.
Porque não sei ainda o que fiz pra fazê-lo girar assim
Ao contrário.

Acordem-me quando tudo isso acabar.
E, por favor,
se houver fotos...
Rasgue e jogue fora!
Porque nem tudo que é bom precisa ser lembrado.
E isso - eu quero esquecer!

Se é bom.
Se é ruim.
Somente o tempo me dirá.
Um dia.
Mas o tempo
É um velho paciente demais!
Sábio demais.
Enquanto isso...
Sento e espero.
Lendo livros que nunca quis ler.

"É a vida!" - dizem.
Bem, veremos.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Keep me where the light is.

"Gravity is working against me.
And gravity wants to bring me down.
Oh, twice as much ain't twice as good.
And can't sustain like a one half could.
It's wanting more that's gonna send me
to my knees.
Just keep me where the light is.
C'mon keep me where the light is..."

terça-feira, 22 de abril de 2008

Ami(rmã)ga.

Minha gorda preta mais que irmã.
às vezes mais nova.às vezes mais velha.às vezes ainda, gêmea - e no sentido literal da palavra, e não como os adolescentezinhos usam paulatinamente com todo mundo..
Pra mim. mais que essencial.
mais que conforto.mais que carinho.mais que atenção.mais que companheirismo.mais que saudade.mais que amizade.mais que amor.mais que a incrível facilidade de me fazer rir (ser feliz) e de me lembrar sempre, que a vida vale a pena.
mais que tudo isso junto e um "algo a mais" que eu nunca saberei explicar..
e eu digo (escrevo) tudo. tudo isso. sem pensar ou repensar. sem ler ou reler. simplesmente sentindo. (sentindo) esse sentimento estranho.que tanto sua presença quanto sua ausência me remetem..
porque não somente te vejo. olho. e sinto.
mas apenas sua existência me satisfaz.
E continuará por me satisfazer para sempre. mesmo depois que - de alguma forma. alguma de nós não exista mais.porque o nosso "sempre" você sabe. é, de fato, eterno.







Como saiu de mim tão naturalmente. achei digno de um espaço aqui.




acho que ela não vai se importar..

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

http://www.fotolog.com/fafazinha_cdb

Uma outra parte de mim.

Revelações de uma noite não tão improdutiva.

Nada é por acaso. Acreditem, por mais que pareça clichê. A verdade é que esta sempre foi a grande verdade do mundo, por maior que seja o tempo que as pessoas levem para aceitá-la. Eu mesma sempre achei clichê, mas hoje recebi sinais bastante relevantes que acabaram me convencendo do contrário. Tive ,então, de admitir, às 4 da manhã de uma noite qualquer, que acasos simplesmente não existem.

Não é coincidência quando você pensa em ligar para um amigo no exato momento em que recebe uma ligação dele dizendo que está no portão da sua casa, quando não há locadoras abertas e sua prima aconselha a comprar um filme pirata que acaba lhe abrindo os olhos mais do que qualquer super colírio no planeta, ou quando você decide ouvir alguma música e acaba se deparando com uma letra já esquecida que possui aquele mesmo poder revelador do filme. Não, definitivamente, estaria sendo incrédula demais dizendo que sim.

Nem o fato de que eu estar ouvindo Radiohead está sendo uma excelente inspiração para o que estou escrevendo é por acaso.

Tanto que às vezes parece que o universo lhe traça um caminho pra seguir, e que, quando você, de alguma forma, começa a se desvencilhar dele, o universo lhe manda sinais, iluminando seu caminho e fazendo tudo parecer mais claro.

A vida está pronta, só nos resta vivê-la... Viver, sentir, fazer, ser - só depende de nós, e quando não o fazemos, simplismente fazemos a vida não ter mais sentido.



Vou guardar o que me resta de inspiração para uma próxima postagem. Por uma possível futura falta de inspiração, e por consideração aos que sempre lêem meus intermináveis textos.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Inconstância.

É, as coisas não são mais como costumavam ser. E, de certo modo, acabei me acostumando com a idéia de que nada é tão constante, mesmo que ainda ache que a vida deveria ser.. Respostas começam a me dizer coisas que finalmente consigo entender. Já não temo o amanhã, e hoje sinto que já sou alguém. Agora sei que quando as cobranças são fortes, quer dizer que tenho uma missão à seguir, e que há coisas que só podem ser feitas por mim, e por mais ninguém.

A vida passa, e nada é como já foi um dia - tudo muda! Mudamos a cada segundo, mesmo sem nos darmos conta disso. Eu mudo, você muda, as pessoas mudam, o mundo todo muda. Sei que o rio Madeira não é sempre o mesmo todas as vezes em que venho visitá-lo, e que o meu lindo pôr-do-sol me aguarda sempre de um jeito diferente, único.
Momentos são únicos - desde o segundo que levamos para respirar até o ano mais importante de nossas vidas. E, do mesmo modo, são únicas as pessoas que de uma forma ou de outra, fazem parte de nossas vidas. Porque na mesma medida em que mudamos, também somos, e continuamos sempre sendo, únicos. Pois posso sempre fazer novos amigos, mas sei que nunca conseguiria substituí-los. O que não muda nunca, posso garantir, é o sentimento que temos pelas pessoas.
Não há nova amizade no mundo que mude uma amizade verdadeira antiga, não há tempo ou distância que possa mudar o profundo sentimento que temos pelas pessoas, seja ele qual for, amor, amizade, carinho... Pois palavras não são necessárias para manter um sentimento vivo. E a alegria de ver o mundo todo diferente e lembrar-se que o sentimento que tem por essas pessoas continua intacto é tão única quanto este sentimento. E assim vejo que, no fim das contas, a vida não é mais do que momentos, pessoas, e sentimentos, sempre únicos e perfeitos em sua simplicidade.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

O mal do século.

"Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: 'Digam o que disserem, o mal do século é a solidão'. Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma.
...
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão 'apenas' dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a 'sentir', só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
...
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: 'vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida'."
Arnaldo Jabor.

Uma fama merecida.

Em meu último vestibular tive de dissertar sobre a necessidade que as pessoas têm da fama (aliás, acho um absurdo termos que escrever uma redação de 30 linhas sobre temas tão relevantes - e que têm muito sobre o que se dizer - em menos de duas horas). Infelizmente não me vieram naquele momento muitas idéias sobre esse tema. Experimentei, aliás, a terrível sensação de me vir a idéia perfeita no momento em que terminei o texto - que, no caso, não poderia ser refeito.
Mas, afastando-me do vestibular, outro dia me vieram, prontos e organizados como se sempre estivessem em minha mente, pensamentos que nunca fizeram muito sentido separados, mas que quando juntos, me apareceram como uma boa idéia sobre aquele tema da fama.
Eis que a fama é, como a maioria dos elementos sociais humanos, uma situação que resulta principalmente de fatores internos de nossa personalidade, ou seja, vem de dentro para fora.
Não é minha intenção arguir aqui os diversos fatores e as mais variadas características da fama, também porque já as apresentei em minha dissertação de vestibular. Mas percebi um outro lado da fama, uma faceta desse status social que não visa o reconhecimento, ou a popularidade.
Acredito que não fui a única pessoa a perceber que muitas vezes, quando alguém quer muito ser reconhecido, ou quando um jovem quer ser popular, não são as pessoas que convivem com ele que vão lhe trazer a razão para o reconhecimento, mas o que se pensa de si mesmo, o que você faz para merecer esse reconhecimento.
Olhando por outro ângulo, às vezes invejamos muito uma pessoa, talvez porque ela seja exatamente como nós gostaríamos de ser. Mas não nos damos conta de que muitas vezes as pessoas que nós invejamos são as mesmas pessoas que nos invejam. E do mesmo modo que você possa pensar que não é uma pessoa invejável, seu grande ídolo pode ter exatamente o mesmo sentimento sobre si mesmo.
E muitas são as vezes em que você não quer ser invejado, não quer ser famoso ou popular, e, exatamente por causa dessa atitude humilde de pensar que é uma pessoa como quaquer outra, e que o que você faz não passa de sua obrigação, é que você se torna invejável. Pois acaba, sem perceber, fazendo grandes coisas como se fossem deveres de casa. E é justamente não esperando nada em troca que ganhamos os maiores e melhores reconhecimentos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Terrinha.


Porque eu posso (e quero muito) me perder pelo mundo afora, conhecer o desconhecido, descobrir o inimaginável, vivenciar novas rotinas, grandes experiências..
Mas não posso (e não quero de maneira nenhuma) me esquecer, ou me desligar de minhas raízes. Quero aproveitar para sempre o presente que Deus me deu, de nascer em um lugar tão lindo. Me orgulho enormemente de ter nascido onde a natureza ainda esbanja tão perfeitamente sua beleza.
E essa presença tão constante da Mãe natureza me faz sentir muito sortuda. Porque sei que sempre terei pra quem voltar. Sempre terei esse pôr-do-sol a minha espera, e o grandioso Madeira me dando boas vindas. Como um filho que se joga pelo mundo, mas que de vez enquando acaba retornando aos braços da mãe.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Deixar de entender para então se surpreender.

Muitos foram os fatos em minha vida que me ensinaram a sempre questionar tudo. Bem, método de defesa ou não, funcionou por um tempo..
Ainda não entendo muito bem porque, mas hoje eu percebi que mesmo que você se surpreenda com as pessoas, simplesmente não vale a pena ser incrédulo. Percebi que o meu erro era, desde o começo, a minha vontade de sempre entender tudo, pensar em tudo até que tudo dê certo, ou aconteça como eu planejo..
A questão é que não é que você é decepcionado, mas simplesmente pensa tanto em algo ou tenta entender tanto uma coisa que quando percebe que as coisas não são como você pensa, ou não acontecem como você planeja, você desaba, e passa a questionar tudo, porque aparentemente tudo o que você se empenha acaba por te decepcionar.
Hoje percebi que eu questionava coisas que nunca existiram, esperava coisas das pessoas que eles nunca me deram razão para eu esperar.. tentava entender tudo. O que eu não sabia era que tem certas coisas que simplismente não se pode entender.
Mas percebi que somente porque, tecnicamente, se pode esperar tudo de uma pessoa, não quer dizer que não pode mais acreditar nela. A questao é que não se deve esperar o que você quer de uma pessoa, mas o que você sabe que ela tem a lhe oferecer. E na maioria das vezes não é tudo o que você quer..
Entender a vida não a torna mais bonita. Pelo contrário, é nos surpreendendo que ela se torna incrivelmente única. Porque as coisas não acontecem como você quer, mas como elas devem ser. Até hoje eu me irritava quando o mundo não seguia os meus planos. Mas agora eu vejo que a vida é única em cada momento, que não se repete. Percebi, finalmente, que é muito melhor se surpreender com o que você nunca poderia imaginar. E será que não é justamente essa a graça da vida? Não saber o que vai acontecer no próximo segundo, sempre ansioso com o que poderá acontecer, e sempre pronto para se surpreender. Como ler um livro pela primeira vez, e se surpreender a cada página..
E, mais do que nunca, aprendi que devemos aproveitar o máximo possível a cada página, pois sempre chega a hora em que o livro acaba...

Vivo e continuo a aprender.

Decidi abrir meu blog com esse trecho de uma música que eu adoro. Define bem e resumidamente alguns dos aprendizados que tive da vida..



Things happen for a reason, you’ll become a stronger person.
When life tears you up, then you’ll understand.
It’s never easy, but you’ll know when you get there.
As it tears you down, it builds you up.


Fica aí pra quem quiser aprender.