terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Uma fama merecida.

Em meu último vestibular tive de dissertar sobre a necessidade que as pessoas têm da fama (aliás, acho um absurdo termos que escrever uma redação de 30 linhas sobre temas tão relevantes - e que têm muito sobre o que se dizer - em menos de duas horas). Infelizmente não me vieram naquele momento muitas idéias sobre esse tema. Experimentei, aliás, a terrível sensação de me vir a idéia perfeita no momento em que terminei o texto - que, no caso, não poderia ser refeito.
Mas, afastando-me do vestibular, outro dia me vieram, prontos e organizados como se sempre estivessem em minha mente, pensamentos que nunca fizeram muito sentido separados, mas que quando juntos, me apareceram como uma boa idéia sobre aquele tema da fama.
Eis que a fama é, como a maioria dos elementos sociais humanos, uma situação que resulta principalmente de fatores internos de nossa personalidade, ou seja, vem de dentro para fora.
Não é minha intenção arguir aqui os diversos fatores e as mais variadas características da fama, também porque já as apresentei em minha dissertação de vestibular. Mas percebi um outro lado da fama, uma faceta desse status social que não visa o reconhecimento, ou a popularidade.
Acredito que não fui a única pessoa a perceber que muitas vezes, quando alguém quer muito ser reconhecido, ou quando um jovem quer ser popular, não são as pessoas que convivem com ele que vão lhe trazer a razão para o reconhecimento, mas o que se pensa de si mesmo, o que você faz para merecer esse reconhecimento.
Olhando por outro ângulo, às vezes invejamos muito uma pessoa, talvez porque ela seja exatamente como nós gostaríamos de ser. Mas não nos damos conta de que muitas vezes as pessoas que nós invejamos são as mesmas pessoas que nos invejam. E do mesmo modo que você possa pensar que não é uma pessoa invejável, seu grande ídolo pode ter exatamente o mesmo sentimento sobre si mesmo.
E muitas são as vezes em que você não quer ser invejado, não quer ser famoso ou popular, e, exatamente por causa dessa atitude humilde de pensar que é uma pessoa como quaquer outra, e que o que você faz não passa de sua obrigação, é que você se torna invejável. Pois acaba, sem perceber, fazendo grandes coisas como se fossem deveres de casa. E é justamente não esperando nada em troca que ganhamos os maiores e melhores reconhecimentos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já li um bocado do seu site. Até aqui, este me caiu melhor!